domingo, 7 de agosto de 2011

A Giulietta espera sua Carta

Como disse Fernando, "todas as cartas de amor são ridículas e não seriam ridículas se não fossem cartas de amor. Também escrevi em meu tempo cartas de amor".

É a pura verdade, Fernando, quem já não as escreveu? Eu, você, todo mundo.
Se foi pra valer ou só no pensamento, cada um é que vai dizer da sua, mas, bem ou mal, todos nós já passamos por isso.

Se foi uma carta de amor para exaltar este amor, para cantá-lo em versos, foi então muito muito bom.
E se o amor gostou, curtiu e enviou-lhe uma resposta, UFA! Que maravilha.

Porém, que atire a primeira lágrima, quem nunca escreveu uma daquelas bem amargas, com uma super dor de cotovelos, chorando, chorando por alguém que partiu ou que você não pode acompanhar...

Por sugestão de uma amiga resolvi começar o meu domingo com uma carta de amor.

Não, não escrevi uma carta amarga para lavar em lágrimas a dor de perder um amor.
Comecei foi bem leve, assistindo "O Cartas para Giulietta!"

Sei que não é um filme novo, sei também que não é nenhum Allen, super cabeção e que vai marcar tão profundo que nunca mais vai esquecer esta história.
Cartas para Giulietta é doce. Assim mesmo, doce...

Para quem não viu ainda, eu recomendo, corra lá na locadora e veja logo.
Tenho certeza que terminará o filme com uma sensação gostosa e um sorriso que você não sabe bem de onde veio, boiando nos lábios...



Vá desarmado e entregue-se a paisagem, aos sons, ao vinho, ao amor... Não julgue o filme.

Não antes de Giulietta ouvir as suas linhas chorosas, amarguradas, doídas e o acolher com um abraço sincero.
Deixe o calor de cada frame escorrer pelos seus olhos e descubra que os caminhos de Siena poderão levá-lo, não só pelo maravilhoso interior da Itália, mas também a encontrar-se com si mesmo.


Aviso Importante: antes do filme acabar, você sofrerá uma super vontade de desligar a televisão, fazer as malas e partir.

Partir em busca da conjugação do verbo amar.
Do exercício de entregar seu coração.
Porque a vida não vale um pulso sem ele.


Partir em busca de si mesmo.
Partir em busca de um sorriso, pelo sorriso.
De um suspiro profundo e consciente.


Na carta em que Giulietta me entregou, nesta manhã de domingo, tinha tudo isso temperado com uma suavidade que me fez flutuar por todo dia.



Tenho certeza que em cada cabeça ou em cada coração estressado e maltratado que anda solto por aí, tem uma carta para Giulietta escrita e dobradinha, lá no fundo.

Não perca o seu tempo esperando o Romeo no balcão, escreva a sua!


07 AUGUST 2011

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